Há 6 anos
domingo, 29 de junho de 2008
quarta-feira, 25 de junho de 2008
tanta inteligencia
Bela amarrada
Cordas foram passadas em volta do seu corpo até o pescoço, sem chances para sair daquele buraco e ver a luz do dia. Ela não sabe como chegou até este lugar, só sabe que depois que saiu do cabeleireiro, alguém veio por trás e deu uma pancada na sua nuca. Quando acordou, tentou coçar a cabeça e viu as mãos atadas.
Andrógino de costa
Subia a ladeira sorrindo a toa. Quem a olhava, logo era percebido por seus olhos penetrantes. Até parecia que tinha um olho nas costas. E lá ia ela, descendo e parando em cada esquina. E todos começavam a correr. Devia ser algum pressagio de chuva. Ela olhava para o céu, esticava as mãos e depois fechava os olhos quando caía uma gota na sua testa.
Olhando o Abraço
Sentou-se no chão, depois veio ele em seguida. Uma dança sem movimento, uma pausa silenciosa da música. A maestria do fim e do começo. Toda força e nenhuma fraqueza, apenas aquilo que nos deixa assim, sem saber, no vazio de todas cores. E começa o ritmo, levando aos cantos e voando até o teto. Onde se vê tudo que há para si. O ciclo da plenitude.
Cabelo em chama
Queimando por dentro, saindo faíscas da mente. Fogo-fátuo. Levando o espírito a desnudar-se ao admirar no espelho. Aproxime, disse ela. E subiu e caiu. Foi ao núcleo da terra, para receber as águas da lua. Despejando o liquido amarelado nas rochas, derretendo tudo em puro ardor. Nasce a flor branca. Exalando o seu cheiro de enigmas indecifráveis.
De mãos dadas
Os dois ficaram olhando o horizonte, deitados no alto da montanha. Ao som dos passarinhos que cantavam a aurora. Os ventos traziam nuvens que desenhavam o rosto dos dois no céu, era o momento em que o corpo se desmaterializava e caía num sono eterno com o aperto da mão de quem não se solta, nem morta. Os dois pássaros voando no infinito.
Cordas foram passadas em volta do seu corpo até o pescoço, sem chances para sair daquele buraco e ver a luz do dia. Ela não sabe como chegou até este lugar, só sabe que depois que saiu do cabeleireiro, alguém veio por trás e deu uma pancada na sua nuca. Quando acordou, tentou coçar a cabeça e viu as mãos atadas.
Andrógino de costa
Subia a ladeira sorrindo a toa. Quem a olhava, logo era percebido por seus olhos penetrantes. Até parecia que tinha um olho nas costas. E lá ia ela, descendo e parando em cada esquina. E todos começavam a correr. Devia ser algum pressagio de chuva. Ela olhava para o céu, esticava as mãos e depois fechava os olhos quando caía uma gota na sua testa.
Olhando o Abraço
Sentou-se no chão, depois veio ele em seguida. Uma dança sem movimento, uma pausa silenciosa da música. A maestria do fim e do começo. Toda força e nenhuma fraqueza, apenas aquilo que nos deixa assim, sem saber, no vazio de todas cores. E começa o ritmo, levando aos cantos e voando até o teto. Onde se vê tudo que há para si. O ciclo da plenitude.
Cabelo em chama
Queimando por dentro, saindo faíscas da mente. Fogo-fátuo. Levando o espírito a desnudar-se ao admirar no espelho. Aproxime, disse ela. E subiu e caiu. Foi ao núcleo da terra, para receber as águas da lua. Despejando o liquido amarelado nas rochas, derretendo tudo em puro ardor. Nasce a flor branca. Exalando o seu cheiro de enigmas indecifráveis.
De mãos dadas
Os dois ficaram olhando o horizonte, deitados no alto da montanha. Ao som dos passarinhos que cantavam a aurora. Os ventos traziam nuvens que desenhavam o rosto dos dois no céu, era o momento em que o corpo se desmaterializava e caía num sono eterno com o aperto da mão de quem não se solta, nem morta. Os dois pássaros voando no infinito.
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Bilhete sem saída.
Cena – Elevador Lacerda
Int – Bilheteria – Noite
Bilhete sem saída. Agora estamos dentro. Falando baixinho. Sem gritos dos telhados. Passarinhos em paz. Enfim, nos amam e nos querem. Mas não sou manso, escrevo nos cardápios do Restaurante. É o ultimo pensamento que mando pra você. Não pega bem.
Int – Bilheteria – Noite
Bilhete sem saída. Agora estamos dentro. Falando baixinho. Sem gritos dos telhados. Passarinhos em paz. Enfim, nos amam e nos querem. Mas não sou manso, escrevo nos cardápios do Restaurante. É o ultimo pensamento que mando pra você. Não pega bem.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
domingo, 15 de junho de 2008
sábado, 14 de junho de 2008
sexta-feira, 13 de junho de 2008
quinta-feira, 12 de junho de 2008
quarta-feira, 11 de junho de 2008
segunda-feira, 9 de junho de 2008
domingo, 8 de junho de 2008
Corto Maltese - O Filme
http://br.youtube.com/watch?v=0hOfwqwt6DY
http://br.youtube.com/watch?v=bro-fCnQQ-4
http://br.youtube.com/watch?v=8PG8KGE-OSA
http://br.youtube.com/watch?v=bro-fCnQQ-4
http://br.youtube.com/watch?v=8PG8KGE-OSA
sábado, 7 de junho de 2008
...breve diálogo em um ato.
http://umparalelosemfim.blogspot.com/2008/06/breve-dilogo-em-um-ato.html
sexta-feira, 6 de junho de 2008
quinta-feira, 5 de junho de 2008
quarta-feira, 4 de junho de 2008
terça-feira, 3 de junho de 2008
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Trecho da Analogia com a Informatica
da Casa dos Budas Ditosos - João Ubaldo Ribeiro
"Nunca me deixei engabelar por essas baboseiras que nos impingem como fazendo parte
da natureza humana. Não se pode estar apaixonado por duas pessoas ao mesmo tempo, meu Deus, quanta gente morreu e morre todos os dias por causa desse dogma babaca que é tão arraigado, que a pessoa, homem e principalmente mulher, que está ou é apaixonada por dois ou três entra em conflitos cavernosíssimos, se remói de culpa, se acha um degenerado, não confessa o que sente nem às paredes, impõe-se falsíssimos dilemas, se tortura, é uma situação infernal e cancerígena, todo mundo lutando estupidamente para ser quixotes e dulcinéias. É o atraso, é o atraso! Em tese, somos capazes de nos apaixonar por tantas pessoas quantas sejamos capazes de nos lembrar, o limite é este, não um ou dois, ou três, ou quatro, ou cinco, ou dezessete, todos esses números são arbitrários, tirânicos e opressores. Tá lá o meu fichário apaixonativo, com o perfil do que eu acho atraente, que é bastante vasto. Entrou novo contato, perfil aprovado, eu posso me apaixonar por ele."
"Hoje eu estou altamente informática. A superstição perniciosa generalizada é que diz que é preciso deletar o anterior para aceitar o novo. Que pobreza, que atraso! Se a memória aceita, se o perfil confere, se a senha foi dada, roda os dois programas ao mesmo tempo, roda os três, roda os vinte, porra! Minimiza um, roda um embaixo do outro, exporta um arquivo pra lá, outro pra cá, a informática é muito educativa para que os débeis mentais que tanto pontificam e nos abalam com suas besteiras compreendam que os processos mentais que consideram sublimes e prova da existência de Deus são meras linhazinhas de comando de rotina no DOS do cérebro, o buraco é abissalmentíssimamente mais embaixo. Claro que a paixão nova, no primeiro momento, mobiliza muito o apaixonado, que tende a ficar cego para os outros arquivos, e aí, na maior parte das vezes, o entulho burro começa a aporrinhar, o camarada foi treinado para não achar aquilo certo, tem que deletar o arquivo em uso, não sei pq. A analogia informática continua certeira, é como um programa novo, um brinquedo novo. Mas depois a gente abre o arquivo mais antigo, é bom, reaviva, estimula, meu Deus, por quê erigimos empecilhos absurdos e destrutivos da beleza da Criação, os arquivos podem conviver na maior paz; clica, ele abre, tudo pronto para o deleite de todos e o cumprimento cioso quão alegre da sina! O limite é a memória! E quantos giga bytes temos na memória? Nunca vamos usar nem um zilionésimo, por mais que vivamos e abertos sejamos. Por conseguinte, minhas paixões não são doentes, convivem perfeitamente bem e é por isso que não morrem como as outras, só morrem quando eu deixo de regar, porque eu resolvi deixar de regar".
"Nunca me deixei engabelar por essas baboseiras que nos impingem como fazendo parte
da natureza humana. Não se pode estar apaixonado por duas pessoas ao mesmo tempo, meu Deus, quanta gente morreu e morre todos os dias por causa desse dogma babaca que é tão arraigado, que a pessoa, homem e principalmente mulher, que está ou é apaixonada por dois ou três entra em conflitos cavernosíssimos, se remói de culpa, se acha um degenerado, não confessa o que sente nem às paredes, impõe-se falsíssimos dilemas, se tortura, é uma situação infernal e cancerígena, todo mundo lutando estupidamente para ser quixotes e dulcinéias. É o atraso, é o atraso! Em tese, somos capazes de nos apaixonar por tantas pessoas quantas sejamos capazes de nos lembrar, o limite é este, não um ou dois, ou três, ou quatro, ou cinco, ou dezessete, todos esses números são arbitrários, tirânicos e opressores. Tá lá o meu fichário apaixonativo, com o perfil do que eu acho atraente, que é bastante vasto. Entrou novo contato, perfil aprovado, eu posso me apaixonar por ele."
"Hoje eu estou altamente informática. A superstição perniciosa generalizada é que diz que é preciso deletar o anterior para aceitar o novo. Que pobreza, que atraso! Se a memória aceita, se o perfil confere, se a senha foi dada, roda os dois programas ao mesmo tempo, roda os três, roda os vinte, porra! Minimiza um, roda um embaixo do outro, exporta um arquivo pra lá, outro pra cá, a informática é muito educativa para que os débeis mentais que tanto pontificam e nos abalam com suas besteiras compreendam que os processos mentais que consideram sublimes e prova da existência de Deus são meras linhazinhas de comando de rotina no DOS do cérebro, o buraco é abissalmentíssimamente mais embaixo. Claro que a paixão nova, no primeiro momento, mobiliza muito o apaixonado, que tende a ficar cego para os outros arquivos, e aí, na maior parte das vezes, o entulho burro começa a aporrinhar, o camarada foi treinado para não achar aquilo certo, tem que deletar o arquivo em uso, não sei pq. A analogia informática continua certeira, é como um programa novo, um brinquedo novo. Mas depois a gente abre o arquivo mais antigo, é bom, reaviva, estimula, meu Deus, por quê erigimos empecilhos absurdos e destrutivos da beleza da Criação, os arquivos podem conviver na maior paz; clica, ele abre, tudo pronto para o deleite de todos e o cumprimento cioso quão alegre da sina! O limite é a memória! E quantos giga bytes temos na memória? Nunca vamos usar nem um zilionésimo, por mais que vivamos e abertos sejamos. Por conseguinte, minhas paixões não são doentes, convivem perfeitamente bem e é por isso que não morrem como as outras, só morrem quando eu deixo de regar, porque eu resolvi deixar de regar".
Carrinho de Pau
Dia 04/06 – 20h. Lançamento
Carrinho de Pau, Direção: Son Araújo.
Ficção. 29 min. 2008.
* Uma família do sertão da Bahia luta contra a fome e reluta em busca de respostas para tamanha dor. A perda inesperada, a seca, a rotina faz tudo se acabar... A fé é seu único sustentáculo, por isso não desistem da vida. Carrinho de pau é um filme que mistura a esfera do real e da fantasia em uma trama de “sonhos e um destino”.
Carrinho de Pau, Direção: Son Araújo.
Ficção. 29 min. 2008.
* Uma família do sertão da Bahia luta contra a fome e reluta em busca de respostas para tamanha dor. A perda inesperada, a seca, a rotina faz tudo se acabar... A fé é seu único sustentáculo, por isso não desistem da vida. Carrinho de pau é um filme que mistura a esfera do real e da fantasia em uma trama de “sonhos e um destino”.
domingo, 1 de junho de 2008
50 anos de Bossa Nova
na próxima sexta, dia 06 de junho.
Dentro do projeto de Homenagem a Tom Jobim, 50 anos de Bossa Nova. O Projeto é intinerante, e já passou por Manaus, Belem, Recife.
8h da noite.
quem não for é, claro, mulher do padre!
Dentro do projeto de Homenagem a Tom Jobim, 50 anos de Bossa Nova. O Projeto é intinerante, e já passou por Manaus, Belem, Recife.
8h da noite.
quem não for é, claro, mulher do padre!
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