Há 6 anos
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
domingo, 23 de novembro de 2008
sábado, 22 de novembro de 2008
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Poesia - Campos de Carvalho
Há que haver os loucos,
os alucinados, os videntes,
cujo lúcido espírito não repouse como um cadáver
sobre este mundo visível e as verdades consagradas,
e cuja voz profunda exprima o eco e as flutuações
das águas eternas e inaudíveis
que são o destino de todos os barcos.
Há que haver os que despertam à meia-noite
angustiados,
e põem-se a gritar e a clamar dentro das trevas
como uns loucos - não o sendo -
e exprimem numa linguagem que não é a sua,
nem a de seus pais,
nem a de qualquer outro povo da terra,
estranhas visões inacessíveis gravadas em suas retinas,
e depois serenam como o mar após a tempestade
e não sabem mais recordar aquilo que disseram,
e choram quando lhes mostram seus puros êxtases,
e sentem-se miseráveis despertados.
Há que haver os que deixam que suas finas mãos de marfim,
pálidas, sinuosas, quase fluidas,
se arrastem como profetas pelo deserto das longas pautas
e inconscientemente, totalmente a cegas,
gravem para a eternidade, como num frio rochedo,
palavras de fogo e de sangue,
ânsias, ódios, espantosos desesperos,
para depois se admirarem eles próprios daquilo que escreveram,
como sonâmbulos que, de repente e a sós,
despertassem vivos sobre o cume de inatingíveis montanhas
e não mais soubessem o caminho que os conduziu a tão altas paragens,
tão perto dos deuses.
Há que haver os que abandonam o lar, pátria, amigos, cidade,
velhos hábitos e confortos seculares,
e sem levar nada de seu,
apenas sua consciência desarvorada e lúcida,
põem-se a perseguir novas e estranhas verdades,
como que hipnotizados,
e não mais repousam e dormem, em sua peregrinação,
noite após noite, sol após sol,
até que sintam a paz descer como um bálsamo sobre as suas chagas
e vejam enfim mais nítido dentro da própria alma,
e pela primeira vez se reconheçam em toda a sua nudez,
como o amante à amante no momento supremo da posse.
Campos de Carvalho
os alucinados, os videntes,
cujo lúcido espírito não repouse como um cadáver
sobre este mundo visível e as verdades consagradas,
e cuja voz profunda exprima o eco e as flutuações
das águas eternas e inaudíveis
que são o destino de todos os barcos.
Há que haver os que despertam à meia-noite
angustiados,
e põem-se a gritar e a clamar dentro das trevas
como uns loucos - não o sendo -
e exprimem numa linguagem que não é a sua,
nem a de seus pais,
nem a de qualquer outro povo da terra,
estranhas visões inacessíveis gravadas em suas retinas,
e depois serenam como o mar após a tempestade
e não sabem mais recordar aquilo que disseram,
e choram quando lhes mostram seus puros êxtases,
e sentem-se miseráveis despertados.
Há que haver os que deixam que suas finas mãos de marfim,
pálidas, sinuosas, quase fluidas,
se arrastem como profetas pelo deserto das longas pautas
e inconscientemente, totalmente a cegas,
gravem para a eternidade, como num frio rochedo,
palavras de fogo e de sangue,
ânsias, ódios, espantosos desesperos,
para depois se admirarem eles próprios daquilo que escreveram,
como sonâmbulos que, de repente e a sós,
despertassem vivos sobre o cume de inatingíveis montanhas
e não mais soubessem o caminho que os conduziu a tão altas paragens,
tão perto dos deuses.
Há que haver os que abandonam o lar, pátria, amigos, cidade,
velhos hábitos e confortos seculares,
e sem levar nada de seu,
apenas sua consciência desarvorada e lúcida,
põem-se a perseguir novas e estranhas verdades,
como que hipnotizados,
e não mais repousam e dormem, em sua peregrinação,
noite após noite, sol após sol,
até que sintam a paz descer como um bálsamo sobre as suas chagas
e vejam enfim mais nítido dentro da própria alma,
e pela primeira vez se reconheçam em toda a sua nudez,
como o amante à amante no momento supremo da posse.
Campos de Carvalho
quarta-feira, 30 de julho de 2008
"toda flor tem seu ardor"
Se pudesse, ah. desatar poesias e atar nós-outros. gritos sem bafos, unicos desabafos. comentadores abrindo rosas com belas canções. vive e morre por sinonimos de amor. mesmo não tendo 14 anos, todas epocas parecem só uma decada. pelo menos nunca é infeliz, todo feliz dizendo dentro fel. paralisando a lingua com insistencia dando ritmo. sem muita noção da leitura, escolhe só um idioma, o seu
inexplicavel momento adesivo, não, sim, tentação que chico buarque fazia o leitor se livrar. ingenuo dizendo bobagens. vou me conter, pra garantir e relaxar. tecer nas heras pelos cantos, condenado a forca. por orfeurídice, desistir! é, pq não. passar a faca no pescoço e rolar a torto, ladeira abaixo e no fim, voar tão alto e cair profundamente no oceano. onde não há seco, nem dureza, e ao correr é lento, que só abrindo os braços e as pernas para poder seguir adiante.
inexplicavel momento adesivo, não, sim, tentação que chico buarque fazia o leitor se livrar. ingenuo dizendo bobagens. vou me conter, pra garantir e relaxar. tecer nas heras pelos cantos, condenado a forca. por orfeurídice, desistir! é, pq não. passar a faca no pescoço e rolar a torto, ladeira abaixo e no fim, voar tão alto e cair profundamente no oceano. onde não há seco, nem dureza, e ao correr é lento, que só abrindo os braços e as pernas para poder seguir adiante.
terça-feira, 29 de julho de 2008
segunda-feira, 28 de julho de 2008
salomé, 3 vezes
é que só consegui assistir mesmo a peça na ultima sessão de domingo, do outro lado do palco, deu para ver as lagrimas etc. a primeira de quarta não senti nada, a segunda na sexta só um pouco mais descabelados. agora já acho que tem algo mais wildeano, só que acabando tão tarde, não dava mais pra falar muito, depois de tanto falar mal da peça salomé, bom pelo menos insisti 3 vezes, até conseguir não desgostar, hehe.
a atriz com uma lua e o bailarino com um colchão
http://umparalelosemfim.blogspot.com/2008/07/solstcio-em-caracol.html
sábado, 26 de julho de 2008
Pter Paiter
-pter
suff.
Wing; winglike part: ornithopter.
[From Greek pteron, feather, wing; see pet- in Indo-European roots.
Os Suruí de Rondônia se autodenominam Paiter, que significa "gente de verdade, nós mesmos". Falam uma língua do grupo Tupi e da família linguística Mondé.
Apesar das pressões que sofrem por parte dos não índios, que têm contribuído para diversas mudanças no grupo, os Paiter ainda mantêm muito das suas tradições, tanto no que diz respeito à cultura material quanto aos aspectos cosmológicos, que se relacionam, ambos, com a cultura de outros grupos Tupi Mondé.
suff.
Wing; winglike part: ornithopter.
[From Greek pteron, feather, wing; see pet- in Indo-European roots.
Os Suruí de Rondônia se autodenominam Paiter, que significa "gente de verdade, nós mesmos". Falam uma língua do grupo Tupi e da família linguística Mondé.
Apesar das pressões que sofrem por parte dos não índios, que têm contribuído para diversas mudanças no grupo, os Paiter ainda mantêm muito das suas tradições, tanto no que diz respeito à cultura material quanto aos aspectos cosmológicos, que se relacionam, ambos, com a cultura de outros grupos Tupi Mondé.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
ontem vi a giove aqui na ufba , show de despedida do enecs e me emprestou uma barraca pra dormir lá no camping, noite fria, com pedras, arvores, só falta cavalo.
É dificil te ver. Ontem procurei pelos campings, e depois achei o alojamento, confunde estar na biblioteca e arquitetura, são bem distantes. :P Tentei ligar e não entendeu. Hoje já soube ir onde tava o pessoal do ceara, conversei com uns sobre os lugares de salvador. E depois acho que a vi perto da facom. Indo com um pessoal para a praia da ondina, de camisa verde, mas não consegui dar um toque no cel pq estava desligado. hohoho E aí, será que vamos caminhar por uma noite dessas? Tõ sempre por aí, respirando.
quarta-feira, 23 de julho de 2008
ontem absorvi srta. prado
ontem absorvi srta. prado. cheguei mais cedo, ela em trajes caseiros, mais solta, descompassada, numa organização desorganizada, arrumando a mesa, trazendo os pratos. muitas taças de vinho com pão, café e cigarro.
depois falando muito, olhando muito, ouvindo muito. mas ela vai desaparecer e respirar buenos aires. gosto do bairro, da casa, da mãe, do namorado, dos amigos, só não gosto de animais pq não vi.
depois falando muito, olhando muito, ouvindo muito. mas ela vai desaparecer e respirar buenos aires. gosto do bairro, da casa, da mãe, do namorado, dos amigos, só não gosto de animais pq não vi.
sexta-feira, 18 de julho de 2008
quinta-feira, 17 de julho de 2008
Almoço nu com a felina.
Imensa e atenta. Trilhando coloridos verdes que escancaram cílios.
Traduzindo concisa e num fôlego, a argamassa das notas no seu pé.
Desatada do resto, exilada de si, dando a mão entre si. Santa ceci.
Pó por aí na parede distante, rodeando esquecida de liras estaladas.
Traduzindo concisa e num fôlego, a argamassa das notas no seu pé.
Desatada do resto, exilada de si, dando a mão entre si. Santa ceci.
Pó por aí na parede distante, rodeando esquecida de liras estaladas.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Carta no café da manhã.
Suave mar que me toca e me passa. Soando malícias de invasões e entregas. Idolente Dedalus, ávida persephone. Fecho os olhos contra o vento frio e você está aqui, no perfume todo céu que se despe, aparecendo mansas estrelas que amo e não existe..
terça-feira, 15 de julho de 2008
segunda-feira, 14 de julho de 2008
tenho que escrever parecendo comigo e não com a gente ou contigo.
fim de explicação. quando escrevo, não é mandar, é antes receber. não é pra entender.
quarta-feira, 9 de julho de 2008
terça-feira, 8 de julho de 2008
domingo, 6 de julho de 2008
tempo morto
Dorian Gray – esperava ansiosamente, olhando o relógio de segundo em segundo, mais e mais nervoso, à medida que os minutos corriam. Levantou-se afinal e pôs-se a percorrer a sala, como um belo felino enjaulado. Tinhas as mãos singularmente frias.
A demora tornava-se-lhe intolerável. Causava-lhe a impressão de que o tempo houvesse parado. E esse tempo imóvel, morto por assim dizer, dava-lhe uma visão do futuro que o petrificava de horror.
A demora tornava-se-lhe intolerável. Causava-lhe a impressão de que o tempo houvesse parado. E esse tempo imóvel, morto por assim dizer, dava-lhe uma visão do futuro que o petrificava de horror.
sexta-feira, 4 de julho de 2008
ex-citação extemporanea
mar-yam:diz: Tá desanimado\?
Spider:diz: nops, não gostou da minha cara?
mar-yam:diz: Parece down
Spider:diz: defina down. quando escrevo, as palavras sobem. mas me sinto sempre embaixo da ultima frase
.Frozen..:diz: rs quem ?
Spider diz: A flor zen, you
.Frozen.. diz: é? q bonito, py! não tenho estado muito zen ultimamente, não achas?
Spider diz: pra q estar muito. não seria zen, se assim o fosse. hj estou sábio. vou por no meu about tb
Spider:diz: (: tomei injeção na bunda ou chá de cadeira..
Spider:diz: eu poderia fazer um blog de ex-citações extemporaneas e vender depois por 1 real. num papel no buzu ou dentro de biscoitos. "vc que me encanta"
Spider:diz: nops, não gostou da minha cara?
mar-yam:diz: Parece down
Spider:diz: defina down. quando escrevo, as palavras sobem. mas me sinto sempre embaixo da ultima frase
.Frozen..:diz: rs quem ?
Spider diz: A flor zen, you
.Frozen.. diz: é? q bonito, py! não tenho estado muito zen ultimamente, não achas?
Spider diz: pra q estar muito. não seria zen, se assim o fosse. hj estou sábio. vou por no meu about tb
Spider:diz: (: tomei injeção na bunda ou chá de cadeira..
Spider:diz: eu poderia fazer um blog de ex-citações extemporaneas e vender depois por 1 real. num papel no buzu ou dentro de biscoitos. "vc que me encanta"
terça-feira, 1 de julho de 2008
segunda-feira, 30 de junho de 2008
domingo, 29 de junho de 2008
quarta-feira, 25 de junho de 2008
tanta inteligencia
Bela amarrada
Cordas foram passadas em volta do seu corpo até o pescoço, sem chances para sair daquele buraco e ver a luz do dia. Ela não sabe como chegou até este lugar, só sabe que depois que saiu do cabeleireiro, alguém veio por trás e deu uma pancada na sua nuca. Quando acordou, tentou coçar a cabeça e viu as mãos atadas.
Andrógino de costa
Subia a ladeira sorrindo a toa. Quem a olhava, logo era percebido por seus olhos penetrantes. Até parecia que tinha um olho nas costas. E lá ia ela, descendo e parando em cada esquina. E todos começavam a correr. Devia ser algum pressagio de chuva. Ela olhava para o céu, esticava as mãos e depois fechava os olhos quando caía uma gota na sua testa.
Olhando o Abraço
Sentou-se no chão, depois veio ele em seguida. Uma dança sem movimento, uma pausa silenciosa da música. A maestria do fim e do começo. Toda força e nenhuma fraqueza, apenas aquilo que nos deixa assim, sem saber, no vazio de todas cores. E começa o ritmo, levando aos cantos e voando até o teto. Onde se vê tudo que há para si. O ciclo da plenitude.
Cabelo em chama
Queimando por dentro, saindo faíscas da mente. Fogo-fátuo. Levando o espírito a desnudar-se ao admirar no espelho. Aproxime, disse ela. E subiu e caiu. Foi ao núcleo da terra, para receber as águas da lua. Despejando o liquido amarelado nas rochas, derretendo tudo em puro ardor. Nasce a flor branca. Exalando o seu cheiro de enigmas indecifráveis.
De mãos dadas
Os dois ficaram olhando o horizonte, deitados no alto da montanha. Ao som dos passarinhos que cantavam a aurora. Os ventos traziam nuvens que desenhavam o rosto dos dois no céu, era o momento em que o corpo se desmaterializava e caía num sono eterno com o aperto da mão de quem não se solta, nem morta. Os dois pássaros voando no infinito.
Cordas foram passadas em volta do seu corpo até o pescoço, sem chances para sair daquele buraco e ver a luz do dia. Ela não sabe como chegou até este lugar, só sabe que depois que saiu do cabeleireiro, alguém veio por trás e deu uma pancada na sua nuca. Quando acordou, tentou coçar a cabeça e viu as mãos atadas.
Andrógino de costa
Subia a ladeira sorrindo a toa. Quem a olhava, logo era percebido por seus olhos penetrantes. Até parecia que tinha um olho nas costas. E lá ia ela, descendo e parando em cada esquina. E todos começavam a correr. Devia ser algum pressagio de chuva. Ela olhava para o céu, esticava as mãos e depois fechava os olhos quando caía uma gota na sua testa.
Olhando o Abraço
Sentou-se no chão, depois veio ele em seguida. Uma dança sem movimento, uma pausa silenciosa da música. A maestria do fim e do começo. Toda força e nenhuma fraqueza, apenas aquilo que nos deixa assim, sem saber, no vazio de todas cores. E começa o ritmo, levando aos cantos e voando até o teto. Onde se vê tudo que há para si. O ciclo da plenitude.
Cabelo em chama
Queimando por dentro, saindo faíscas da mente. Fogo-fátuo. Levando o espírito a desnudar-se ao admirar no espelho. Aproxime, disse ela. E subiu e caiu. Foi ao núcleo da terra, para receber as águas da lua. Despejando o liquido amarelado nas rochas, derretendo tudo em puro ardor. Nasce a flor branca. Exalando o seu cheiro de enigmas indecifráveis.
De mãos dadas
Os dois ficaram olhando o horizonte, deitados no alto da montanha. Ao som dos passarinhos que cantavam a aurora. Os ventos traziam nuvens que desenhavam o rosto dos dois no céu, era o momento em que o corpo se desmaterializava e caía num sono eterno com o aperto da mão de quem não se solta, nem morta. Os dois pássaros voando no infinito.
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Bilhete sem saída.
Cena – Elevador Lacerda
Int – Bilheteria – Noite
Bilhete sem saída. Agora estamos dentro. Falando baixinho. Sem gritos dos telhados. Passarinhos em paz. Enfim, nos amam e nos querem. Mas não sou manso, escrevo nos cardápios do Restaurante. É o ultimo pensamento que mando pra você. Não pega bem.
Int – Bilheteria – Noite
Bilhete sem saída. Agora estamos dentro. Falando baixinho. Sem gritos dos telhados. Passarinhos em paz. Enfim, nos amam e nos querem. Mas não sou manso, escrevo nos cardápios do Restaurante. É o ultimo pensamento que mando pra você. Não pega bem.
sexta-feira, 20 de junho de 2008
domingo, 15 de junho de 2008
sábado, 14 de junho de 2008
sexta-feira, 13 de junho de 2008
quinta-feira, 12 de junho de 2008
quarta-feira, 11 de junho de 2008
segunda-feira, 9 de junho de 2008
domingo, 8 de junho de 2008
Corto Maltese - O Filme
http://br.youtube.com/watch?v=0hOfwqwt6DY
http://br.youtube.com/watch?v=bro-fCnQQ-4
http://br.youtube.com/watch?v=8PG8KGE-OSA
http://br.youtube.com/watch?v=bro-fCnQQ-4
http://br.youtube.com/watch?v=8PG8KGE-OSA
sábado, 7 de junho de 2008
...breve diálogo em um ato.
http://umparalelosemfim.blogspot.com/2008/06/breve-dilogo-em-um-ato.html
sexta-feira, 6 de junho de 2008
quinta-feira, 5 de junho de 2008
quarta-feira, 4 de junho de 2008
terça-feira, 3 de junho de 2008
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Trecho da Analogia com a Informatica
da Casa dos Budas Ditosos - João Ubaldo Ribeiro
"Nunca me deixei engabelar por essas baboseiras que nos impingem como fazendo parte
da natureza humana. Não se pode estar apaixonado por duas pessoas ao mesmo tempo, meu Deus, quanta gente morreu e morre todos os dias por causa desse dogma babaca que é tão arraigado, que a pessoa, homem e principalmente mulher, que está ou é apaixonada por dois ou três entra em conflitos cavernosíssimos, se remói de culpa, se acha um degenerado, não confessa o que sente nem às paredes, impõe-se falsíssimos dilemas, se tortura, é uma situação infernal e cancerígena, todo mundo lutando estupidamente para ser quixotes e dulcinéias. É o atraso, é o atraso! Em tese, somos capazes de nos apaixonar por tantas pessoas quantas sejamos capazes de nos lembrar, o limite é este, não um ou dois, ou três, ou quatro, ou cinco, ou dezessete, todos esses números são arbitrários, tirânicos e opressores. Tá lá o meu fichário apaixonativo, com o perfil do que eu acho atraente, que é bastante vasto. Entrou novo contato, perfil aprovado, eu posso me apaixonar por ele."
"Hoje eu estou altamente informática. A superstição perniciosa generalizada é que diz que é preciso deletar o anterior para aceitar o novo. Que pobreza, que atraso! Se a memória aceita, se o perfil confere, se a senha foi dada, roda os dois programas ao mesmo tempo, roda os três, roda os vinte, porra! Minimiza um, roda um embaixo do outro, exporta um arquivo pra lá, outro pra cá, a informática é muito educativa para que os débeis mentais que tanto pontificam e nos abalam com suas besteiras compreendam que os processos mentais que consideram sublimes e prova da existência de Deus são meras linhazinhas de comando de rotina no DOS do cérebro, o buraco é abissalmentíssimamente mais embaixo. Claro que a paixão nova, no primeiro momento, mobiliza muito o apaixonado, que tende a ficar cego para os outros arquivos, e aí, na maior parte das vezes, o entulho burro começa a aporrinhar, o camarada foi treinado para não achar aquilo certo, tem que deletar o arquivo em uso, não sei pq. A analogia informática continua certeira, é como um programa novo, um brinquedo novo. Mas depois a gente abre o arquivo mais antigo, é bom, reaviva, estimula, meu Deus, por quê erigimos empecilhos absurdos e destrutivos da beleza da Criação, os arquivos podem conviver na maior paz; clica, ele abre, tudo pronto para o deleite de todos e o cumprimento cioso quão alegre da sina! O limite é a memória! E quantos giga bytes temos na memória? Nunca vamos usar nem um zilionésimo, por mais que vivamos e abertos sejamos. Por conseguinte, minhas paixões não são doentes, convivem perfeitamente bem e é por isso que não morrem como as outras, só morrem quando eu deixo de regar, porque eu resolvi deixar de regar".
"Nunca me deixei engabelar por essas baboseiras que nos impingem como fazendo parte
da natureza humana. Não se pode estar apaixonado por duas pessoas ao mesmo tempo, meu Deus, quanta gente morreu e morre todos os dias por causa desse dogma babaca que é tão arraigado, que a pessoa, homem e principalmente mulher, que está ou é apaixonada por dois ou três entra em conflitos cavernosíssimos, se remói de culpa, se acha um degenerado, não confessa o que sente nem às paredes, impõe-se falsíssimos dilemas, se tortura, é uma situação infernal e cancerígena, todo mundo lutando estupidamente para ser quixotes e dulcinéias. É o atraso, é o atraso! Em tese, somos capazes de nos apaixonar por tantas pessoas quantas sejamos capazes de nos lembrar, o limite é este, não um ou dois, ou três, ou quatro, ou cinco, ou dezessete, todos esses números são arbitrários, tirânicos e opressores. Tá lá o meu fichário apaixonativo, com o perfil do que eu acho atraente, que é bastante vasto. Entrou novo contato, perfil aprovado, eu posso me apaixonar por ele."
"Hoje eu estou altamente informática. A superstição perniciosa generalizada é que diz que é preciso deletar o anterior para aceitar o novo. Que pobreza, que atraso! Se a memória aceita, se o perfil confere, se a senha foi dada, roda os dois programas ao mesmo tempo, roda os três, roda os vinte, porra! Minimiza um, roda um embaixo do outro, exporta um arquivo pra lá, outro pra cá, a informática é muito educativa para que os débeis mentais que tanto pontificam e nos abalam com suas besteiras compreendam que os processos mentais que consideram sublimes e prova da existência de Deus são meras linhazinhas de comando de rotina no DOS do cérebro, o buraco é abissalmentíssimamente mais embaixo. Claro que a paixão nova, no primeiro momento, mobiliza muito o apaixonado, que tende a ficar cego para os outros arquivos, e aí, na maior parte das vezes, o entulho burro começa a aporrinhar, o camarada foi treinado para não achar aquilo certo, tem que deletar o arquivo em uso, não sei pq. A analogia informática continua certeira, é como um programa novo, um brinquedo novo. Mas depois a gente abre o arquivo mais antigo, é bom, reaviva, estimula, meu Deus, por quê erigimos empecilhos absurdos e destrutivos da beleza da Criação, os arquivos podem conviver na maior paz; clica, ele abre, tudo pronto para o deleite de todos e o cumprimento cioso quão alegre da sina! O limite é a memória! E quantos giga bytes temos na memória? Nunca vamos usar nem um zilionésimo, por mais que vivamos e abertos sejamos. Por conseguinte, minhas paixões não são doentes, convivem perfeitamente bem e é por isso que não morrem como as outras, só morrem quando eu deixo de regar, porque eu resolvi deixar de regar".
Carrinho de Pau
Dia 04/06 – 20h. Lançamento
Carrinho de Pau, Direção: Son Araújo.
Ficção. 29 min. 2008.
* Uma família do sertão da Bahia luta contra a fome e reluta em busca de respostas para tamanha dor. A perda inesperada, a seca, a rotina faz tudo se acabar... A fé é seu único sustentáculo, por isso não desistem da vida. Carrinho de pau é um filme que mistura a esfera do real e da fantasia em uma trama de “sonhos e um destino”.
Carrinho de Pau, Direção: Son Araújo.
Ficção. 29 min. 2008.
* Uma família do sertão da Bahia luta contra a fome e reluta em busca de respostas para tamanha dor. A perda inesperada, a seca, a rotina faz tudo se acabar... A fé é seu único sustentáculo, por isso não desistem da vida. Carrinho de pau é um filme que mistura a esfera do real e da fantasia em uma trama de “sonhos e um destino”.
domingo, 1 de junho de 2008
50 anos de Bossa Nova
na próxima sexta, dia 06 de junho.
Dentro do projeto de Homenagem a Tom Jobim, 50 anos de Bossa Nova. O Projeto é intinerante, e já passou por Manaus, Belem, Recife.
8h da noite.
quem não for é, claro, mulher do padre!
Dentro do projeto de Homenagem a Tom Jobim, 50 anos de Bossa Nova. O Projeto é intinerante, e já passou por Manaus, Belem, Recife.
8h da noite.
quem não for é, claro, mulher do padre!
sábado, 31 de maio de 2008
sexta-feira, 30 de maio de 2008
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Cerveja Café
agenda e fotos também no endereço:
www.fotolog.com/cervejacafe
ouça as músicas no:
www.myspace.com/cervejacafe
veja os vídeos no:
www.youtube.com/cervejacafe
fórum da comunidade no:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=32234289
www.fotolog.com/cervejacafe
ouça as músicas no:
www.myspace.com/cervejacafe
veja os vídeos no:
www.youtube.com/cervejacafe
fórum da comunidade no:
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=32234289
terça-feira, 27 de maio de 2008
segunda-feira, 26 de maio de 2008
M. Merleau-Ponty
quiasmo: “l’utopie de la langue est
récupérée comme langue de l’utopie” (L: p. 25), encruzilhada ou cruz (“quiasmo” origina-se do
grego, significando a letra “x”, “cruzamento”)
É a presença dos sujeitos que habitam a escola que faz
“vibrar o mundo” (MERLEAU-PONTY, 1964, p. 23); sujeitos cuja
presença no mundo se dá na forma de um “quiasmo”
(MERLEAU-PONTY, 1964, p. 173) entre a subjetividade que
percebe e o mundo percebido; o mundo como espaço da presença
do corpo e o mundo que se manifesta ao corpo; mundo no qual
outros sujeitos colocam em questão a percepção individual, mas
que intersubjetivamente é afirmado
Ciclo de estudos sobre a obra de Maurice Merleau-Ponty
Local: Teatro Molière
Data: 14 de março às 19h
Entrada Franca
http://www.afbahia.com.br/roteiro/2008/03/maurice.html
"Vemos as coisas mesmas, o mundo é aquilo que vemos - fórmulas desse gênero exprimem uma fé comum ao homem natural e ao filósofo desde que abre os olhos, remetem para uma camada profunda de "opiniões" mudas, implícitas em nossa vida. Mas essa fé tem isto de estranho: se procurarmos articulá-la numa tese ou num enunciado, se perguntarmos o que é este NÓS, o que é este VER e o que é esta COISA ou este MUNDO, penetraremos num labirinto de dificuldades e contradições."
M. Merleau-Ponty
récupérée comme langue de l’utopie” (L: p. 25), encruzilhada ou cruz (“quiasmo” origina-se do
grego, significando a letra “x”, “cruzamento”)
É a presença dos sujeitos que habitam a escola que faz
“vibrar o mundo” (MERLEAU-PONTY, 1964, p. 23); sujeitos cuja
presença no mundo se dá na forma de um “quiasmo”
(MERLEAU-PONTY, 1964, p. 173) entre a subjetividade que
percebe e o mundo percebido; o mundo como espaço da presença
do corpo e o mundo que se manifesta ao corpo; mundo no qual
outros sujeitos colocam em questão a percepção individual, mas
que intersubjetivamente é afirmado
Ciclo de estudos sobre a obra de Maurice Merleau-Ponty
Local: Teatro Molière
Data: 14 de março às 19h
Entrada Franca
http://www.afbahia.com.br/roteiro/2008/03/maurice.html
"Vemos as coisas mesmas, o mundo é aquilo que vemos - fórmulas desse gênero exprimem uma fé comum ao homem natural e ao filósofo desde que abre os olhos, remetem para uma camada profunda de "opiniões" mudas, implícitas em nossa vida. Mas essa fé tem isto de estranho: se procurarmos articulá-la numa tese ou num enunciado, se perguntarmos o que é este NÓS, o que é este VER e o que é esta COISA ou este MUNDO, penetraremos num labirinto de dificuldades e contradições."
M. Merleau-Ponty
sábado, 24 de maio de 2008
Eudoro Augusto - AnaC
ANA C
Outra vez nos braços do amor perdido.
Sempre o declive. Sempre a vertigem.
Ás vezes o abismo.
Posso inflar
as velas de outra imagem
e assim navegar teus canais azulados,
minha lúcida amiga.
No céu-da-boca desta manhã
fica apenas um risco:
relâmpago longo como o olhar.
Luz. Outra luz. Louca luz.
O mesmo anjo que beija tua orelha fina
invade o cinema como um vento fictício
e rabisca cicatrizes bem legíveis
no coração deserto do meio-dia.
Ana Cristina César no SESC Pompéia
VIDA LOUCA, VIDA INTENSA - UMA VIAGEM PELA CONTRACULTURA
Noites Sujas: Ana Cristina César
SESC Pompéia
Dia(s) 29/05, 30/05
Quinta e sexta, 20h.
Em cena, Martha Nowill interpreta poemas de Ana Cristina Cesar e expõe, em forma de crônica, passagens marcantes da vida da escritora. Um vídeo-documentário contracena com a performance através de depoimentos de amigos da escritora e intervenções poéticas na rua. Idealização e Dramaturgia: Martha Nowill e Fernanda D’Umbra.Direção: Fernanda D’Umbra. Vídeo: Edson Kumasaka. Para maiores de 12 anos. No Cine Beatnik, Área de Convivência. Retirada de ingressos na bilheteria, nos dias de apresentação.
Rua Clélia, 93 Pompéia
São Paulo - SP
telefone: 11 3871-7700
fax: 11 3865-0324
e-mail: email@pompeia.sescsp.org.br
Entrelinhas, tv cultura, especial Ana Cristina
Neste Domingo às 21:30
Reapresentação, terça às 20h30
Um programa especial, em homenagem à Ana Cristina César, após 25 anos de sua morte.
A professora e ensaísta Heloísa Buarque de Holanda e o poeta Armando Freitas Filho revelam detalhes da personalidade da poeta, suas múltiplas faces, e histórias curiosas de sua vida.
Depoimentos de duas estudiosas da poesia de Ana Cristina Cesar: Viviana Bosi e Annita Costa Malufe. E também trechos do curta-metragem que João Moreira Salles realizou em 1990 em homenagem à poeta.
retirado de: http://www.tvcultura.com.br/entrelinhas/
sexta-feira, 23 de maio de 2008
quarta-feira, 21 de maio de 2008
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